quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

aridez



O arco íris não surgiu ainda, pelo menos não pra mim, não no meu céu. 
Ao invez disso o céu se escurece cada vez mais ao decorrer da tempestade. 
A forte chuva e os barulhentos trovões invadem as paredes e o chão do quarto com meros "riscos" que entram pelas frestas da minha janela, e isso é tudo o que eu tenho: pequenos e míseros feixes de luz. O meu quarto não me protege mais. ele não me me acolhe, não me acalma, não me abraça como antes.. Ao contrário, é o lugar mais perigoso e frio de todos os que eu possa ficar. Eu tenho o hoje, eu tenho o agora. o amanhã não se sabe, o amanhã é incerto e não me pertence. não há pelo o que se esperar, não há futuro, não há sonhos, nem planos.. eu não quero me frustar se por acaso isso não chegar, por isso eu só tenho o hoje, nada mais. E hoje tudo o que eu tenho é nada, e por causa desse nada eu posso fazer tudo. 
As chuvas, as tempestades, os trovões, só vão passar quando não existir mais um céu. o meu céu, mais nítidamente falando.


(um mês)