Como a neblina que toma conta das ruas nas manhãs frias e geladas, impedindo a visão dos carros apressados, assim as lágrimas tomam conta dos meus olhos, impedindo que eu veja toda a beleza que já existiu um dia entre nós. É aí que você começa a sentir os batimentos cardíacos acelerarem (juntamente com os soluços que você tenta abafar com o travesseiro), a respiração falhar, e uma única certeza martelando incansavelmente na sua mente enquanto você tenta dormir: eu estou sozinha.
Encarar os fatos exatamente como a realidade nos mostra que não é uma tarefa muito fácil, - e eu nem sei se quero conseguir - Como um tapa na cara dos fracos, um tapa bem forte..
A questão é que a realidade vive te pregando peças e te fazendo visitas, e é assim que tudo se perde: você passa a sua vida inteira levando tapas, tapas fortes. Até que uma hora as forças se acabam e você não se levanta mais. É a anátema da vida.