O arco íris não surgiu ainda, pelo menos não pra mim, não no meu céu.
Ao invez disso o céu se escurece cada vez mais ao decorrer da tempestade.
A forte chuva e os barulhentos trovões invadem as paredes e o chão do quarto com meros "riscos" que entram pelas frestas da minha janela, e isso é tudo o que eu tenho: pequenos e míseros feixes de luz. O meu quarto não me protege mais. ele não me me acolhe, não me acalma, não me abraça como antes.. Ao contrário, é o lugar mais perigoso e frio de todos os que eu possa ficar. Eu tenho o hoje, eu tenho o agora. o amanhã não se sabe, o amanhã é incerto e não me pertence. não há pelo o que se esperar, não há futuro, não há sonhos, nem planos.. eu não quero me frustar se por acaso isso não chegar, por isso eu só tenho o hoje, nada mais. E hoje tudo o que eu tenho é nada, e por causa desse nada eu posso fazer tudo.
As chuvas, as tempestades, os trovões, só vão passar quando não existir mais um céu. o meu céu, mais nítidamente falando.
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